Há 700 anos, na região de Novgorod, perto de São Petersburgo, Rússia, a família Strogonoff, reunia todos os meses, em seu castelo rural, famílias da vizinhança para saborearem pratos preparados pelas famílias e degustarem vinhos e vodkas, de qualidade. A baronesa Nikolie Alexandrovitch Strogonoff apresentou certa noite, um prato de cebolas picadinhas, carne suína e bovina, cortadas em tirinhas, flambado à vodca, engrossadas com polpa de tomates maduros, ligado com nata e que era servido em cima de torradas de féculas de trigo e acompanhado de cogumelos silvestres. Cada integrante da sua família era especialista em determinada ação na cozinha. Um fazia o molho, outro escolhia os cortes de carne, outro picava os temperos e claro, como em qualquer família, tinha aquele que só vinha dar palpite. No Strogonoff, se sobressaiu a função do "Saucier" que é o encarregado de fazer bons molhos. Esse molho é hoje, um dos 10 mais importantes do mundo. Vamos deixar de lado alguns crimes nacionais (que aliás, cometemos e gostamos) em que as pessoas usam creme de leite no lugar de nata e temperam com ketchup, ao invés de usar o tomate com molho bechamel. No ocidente, o Strogonoff é flambado com conhaque e acompanhado de arroz e batata palha. Hoje, junto com a lasanha e o filé Parmegiana, o Strogonoff é um dos 10 pratos mais vendidos do planeta.