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Assistente de Mestre cuca

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Churrasco
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Melhor sobrar do que faltar carne!

    
       Preparar um bom churrasco nem sempre é uma tarefa fácil porque requer um certo planejamento para que tudo saia conforme o esperado. Planeje o evento com uma certa antecedência e não esqueça de preparar uma lista de compras com tudo aquilo que irá utilizar. A escolha das carnes é importante. Dê preferência a produtores conhecidos e carnes que tenham o selo de registro, isso garantirá que você não ira comprar carnes de abatedouros clandestinos.
            Basicamente, para o preparo de um churrasco é necessário um bom corte de carne, sal e carvão ou lenha. A conta para a quantidade de carne por pessoa é muito simples. Na maioria dos casos, 300g de carne pura por pessoa são suficientes. Leve em conta o tipo de corte, pois alguns podem conter ossos e gorduras.

            Lembre-se que além das carnes, há as guarnições para acompanhar a churrascada! Então, não precisa ser tão preciso nas medidas.


          
Temperos para churrasco

Sal grosso ainda é o tempero mais conhecido por aqui. Normalmente é salpicado à carne para em seguida ser colocada na churrasqueira. Após estar bem assada, bate-se de leve na carne para retirar o excesso de sal. Isso não impede de colocar nossa criatividade em ação. Podemos acrescentar ervas, azeites, marinadas, especiarias e, diga-se de passagem, algumas carnes ficam muito mais saborosas quando bem temperadas.
Para cortes bovinos magros, o sal grosso é uma boa opção. Não devemos esquecer de acrescentar um toque de pimenta-do-reino moída na hora. Para os cortes maiores e com maior teor de gorduras, pode-se colocar a carne para marinar em vinho com ervas, cebola, alho e especiarias.

 Cordeiro combina com alho, com alecrim e com vinho branco, portanto uma marinada com estes ingredientes valoriza o sabor da carne. Já a carne suína combina com sabores levemente adocicados. Um bom lombo de porco pode ficar por uma 4 horas marinando em suco de laranja ou abacaxi com paus de canela e alguns cravos-da-índia, não se esquecendo de acrescentar algumas ervas frescas.

Pescados em geral casam muito bem com limão, azeite de oliva, vinho branco e salsinha, e colocar o peixe por uns 20 minutos nessa marinada irá realçar o sabor. Frango combina com quase tudo, portanto pode-se variar as marinadas. Uma dica para o frango ficar bem crocante, macio e suculento é coloca-lo de molho em salmora preparada na proporção de uma colher de sopa de sal para cada xícara de água. Cubra o frango e deixe repousando por 6 a 8 horas, depois escorra e coloque na brasa.


O sabor das marinadas

Desde a antiguidade, se buscam meios de enriquecer o sabor dos alimentos dando a eles mais vida e personalidade. Nos tempos onde não existiam geladeiras, as carnes "passavam do ponto" e os cozinheiros ainda se desdobravam para mascarar o sabor, utilizando-se de ervas, especiarias e outros recursos. Normalmente as carnes eram de animais selvagens, o que resultava em carnes mais rijas e com baixo teor de gorduras. Descobriu-se, então, que marinando os alimentos, ou seja, mergulhando-os em um líquido temperado - que pode ser uma mistura de óleo, vinho, vinagre e especiarias, eles adquiriam um melhor sabor e ficavam mais macios.

Das marinadas, talvez a mais clássica seja a preparada com vinho tinto. Na Itália bons assados e "brasatos" são marinados em vinho Barolo e, normalmente o molho é preparado a partir da marinada. Aconselha-se a utilização do vinho tinto para carnes de sabor forte, como ossobuco, rabada e músculo, bem como para as carnes de caça. O vinho branco entra para o preparo das carnes mais suaves, tais como vitelo, aves e pescados. Pode-se também marinar com um pouco de vinagre e nada mais saboroso do que um pernil marinado em cachaça.

Algumas culturas se utilizam de ingredientes diferenciados para as marinadas. É o caso da culinária havaiana onde o suco de abacaxi quase sempre esta presente. Na culinária japonesa utiliza-se o saquê. Curiosamente o catchup teve como origem uma marinada, ke-tsiap é o nome dado na antiga China para o líquido em que se a marinou o peixe. O ceviche servido na América do Sul, não deixa de ser uma espécie de marinada, em que o pescado fica marinando em suco de limão até estar cozido na acidez, depois é temperado.


Delícia de marinada

Uma boa marinada inclui sempre um elemento de acidez, tal como o vinho. Soma-se a isso, os aromas dos vegetais frescos como a cebola, salsão e cenoura e as ervas frescas que darão o perfume. O tomilho, alecrim, a salsinha, folhas de louro, alho e grãos de pimenta também podem ser utilizados para realçar o sabor dos alimentos.

Quanto maior o corte da carne, mais tempo deverá ficar marinando. Lembre-se de conservar o alimento na geladeira! Prepare a marinada em um recipiente hermeticamente fechado e cuide para que a carne fique totalmente coberta pela mistura.

Algumas dicas para o preparo de marinadas:
Carnes vermelhas: Vinho tinto, salsão cebola e cenoura, ramos de alecrim ou tomilho, folhas de louro, alho e grãos de pimenta-do-reino
Carnes brancas: Vinho branco, cebola, alho-poró, cenoura, salsinha ou sálvia, louro e grãos de pimenta branca.
Carne de porco: Suco de abacaxi, cachaça, cenoura, cebola e salsão, alecrim e salsinha, louro, canela e cravo-da-índia.

      Churrasco: métodos de cozimento

            Além dos diferentes temperos, existem variações sobre o método de se assar a carne. Alguns utilizam a brasa obtida a partir de carvão, outros a brasa obtida da queima de madeira seca e, tem ainda os que assam diretamente na chama produzida pela lenha.
             A diferença básica entre o churrasco argentino e o brasileiro por exemplo está na distância da carne em relação à fonte de calor. O brasileiro prefere deixar a brasa afastada da carne, já os argentinos preferem churrasqueiras rasas. Os coreanos utilizam um pequeno fogareiro de mesa com brasas e os norte-americanos utilizam churrasqueiras com tampa. Por aí vai...

            Cada carne tem um ponto de cozimento correto e deve ser respeitado para obtermos o melhor em termos de sabor, aroma e textura. É claro que as preferências pessoais devem ditar a regra. Quem gosta mal passado come mal passado, quem gosta bem passado come bem passado e não existem regras para isto. Mas uma em especial deve ser respeitada! Carne de porco e de frango não podem ser consumidas mal passadas por motivos segurança à saúde. Ambos devem permanecer em fogo lento para assarem completamente.

            Para os cortes maiores de carne de costela e pernil, comece assando em calor mais brando. Normalmente na parte mais alta da churrasqueira ou então embrulhe a carne em papel-alumínio ou celofane para forno do tipo assa fácil. Isso fará com que a carne asse mais uniformemente sem queimar a parte externa. Além disso, assando lentamente, permitimos que as gorduras derretam e sejam parcialmente eliminadas, o que não ocorre em calor intenso que frita a gordura por fora e a deixa crua na parte interna.

            Já para os cortes menores e de carnes mais macias deve-se assar próximo a fonte de calor para selar os sucos no interior da carne rapidamente. Dessa forma, carameliza a parte externa resultando naquela deliciosa casquinha e mantendo a carne macia na parte interna.

            Para o preparo da picanha, coloque-a na churrasqueira com a gordura voltada para cima. Asse a carne até o ponto desejado e vire com a gordura para baixo aproximando a carne do calor para dourar a gordura.

            Se você for utilizar uma carne congelada, lembre-se de descongela-la completamente antes de por na churrasqueira. O ideal é, salvo em dias muito quentes, que as carnes estejam em temperatura ambiente. Isso permitirá que o calor atinja mais rapidamente a parte interna do corte
          
    


      Organizando a churrasqueira

    
                 Existem muitas churrasqueiras modernas e sofisticadas hoje no mercado que são fáceis de acender, controlar e limpar. Não é essencial, entretanto, gastar dinheiro nesse tipo de equipamento. Você pode improvisar com sucesso usando os utensílios básicos.
                  Construindo uma churrasqueira simples:
                  Usando tijolos: faça uma churrasqueira pequena simples com tijolo. Coloque uma grade de metal em cima e uma assadeira para o carvão. Se for permanente, torre o interior com tijolos refratários.  
                 Dica econômica:
                  Lata de biscoito. Para uma churrasqueira rápida e improvisada, faça buracos nas laterais de uma lata velha. Encha-a com carvão e coloque uma grelha de metal por cima ou um pedaço de cerca de arame para segurar o alimento. 


            Preparando o fogo
            Espere que as chamas diminuam antes de cozinhar. O carvão demora pelo menos 25-30 minutos para aquecer, e churrasqueiras a gás, 10 minutos. O carvão deve ficar com cor acinzentada. Caso você ache difícil acender o carvão, compre o carvão de rápido acendimento. É limpo, fácil de usar e é só colocá-lo na posição desejada e acendê-lo. Se preferir queimar madeira, prefira as duras de queimar como de macieira, carvalho ou cerejeira, pois não fazem muita sujeira ou fumaça.

            Para evitar a explosão de chamas e para que elas não cresçam, coloque pouca marinada e tire o excesso de gordura das carnes. Você pode controlar o fogo, caso aumente demais com um balde de água por perto.
          
     Churrasco: dicas de como servir

             O churrasco pode ser servido em duas etapas: uma com carnes que servem como tira gosto e outra com os cortes mais nobres. Para começar, sirva costelinhas de porco, lingüiças variadas e coração. Em seguida, sirva os cortes maiores como a picanha, maminha e costela entre outras. Cortes suínos como o lombo são uma boa opção. Mas, o ideal é não misturar no mesmo churrasco carnes muito diferentes, pois nem sempre o apetite é suficiente para experimentarmos todos os cortes.
            Nem só de carne bovina e suína vive uma churrasqueira. Ela também pode ser abastecida com pescados e crustáceos em geral, cabrito, coelho e outras carnes. Os pescados preparados na brasa são deliciosos, principalmente peixes de água doce como o tambaqui, pintado e até mesmo a truta.

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